Produzido de acordo com o Método Clássico (importado da Região francesa de Champagne), cada garrafa de Fita Azul é meticulosamente criada para o surpreender...
Convidamo-lo a acompanhar-nos numa visita pela arte de produzir um espumante...
A escolha das uvas
A escolha do vinho base é um ponto fulcral para a produção de espumante, uma vez que diferentes perfis de espumante exigem vinhos base diferentes. A experiência de produção da Borges nas principais Regiões vitivinícolas nacionais permite-lhe recorrer a vinhos base provenientes de Regiões distintas que, quando conjugados, permitem encontrar o lote mais adequado ao perfil desejado para cada espumante.
Vindima / Colheita
As uvas que dão origem aos espumantes Fita Azul são colhidas normalmente entre os meses de Agosto e Setembro quando se verificam os níveis ideais de maturação das mesmas. São características desejadas num vinho base para Espumante, o teor alcoólico relativamente baixo, e a acidez relativamente alta.
Prensagem e Primeira Fermentação
Desengace total das uvas, que são suavemente prensadas aproveitando-se unicamente o mosto de esgotamento. Segue-se uma decantação estática a frio durante 24 horas, após as quais o mosto é separado das borras. Inicia-se a fermentação a temperatura controlada, a 16 ºC. Após o fim da fermentação alcoólica o vinho estagia sobre as borras finas, durante 2 meses.
Assemblagem
O enólogo testa diferentes tipos de vinhos de diferentes anos de forma a encontrar o assemblage (mistura) perfeito. Este é um trabalho de inspiração, de descoberta e de emoções...
Estabilização e Filtração
Antes de se proceder ao engarrafamento, o vinho passa por processos de estabilização proteica e tartárica, sendo depois sujeito a diversas filtrações com objetivo de eliminar microrganismos e melhorar a sua limpidez.
Engarrafamento e segunda fermentação em garrafa
Nas grandes cubas, onde o vinho base para o espumante se encontra, é chegado o momento da adição do licor de tiragem. O vinho é colocado em garrafas que são seladas com uma vulgar carica, estando assim pronto para seguir para estágio em caves, sem luz, sem correntes de ar e com temperatura constante (12º a 15 ºC).
É nestas caves que ocorre a segunda fermentação em garrafa (num ambiente fechado), característica do Método Clássico de produção de espumante.
Esta segunda fermentação em garrafa, tal como todas as fermentações, ocasiona dióxido de carbono que, não podendo escapar, é inteiramente dissolvido no vinho base. O vinho fica “Espumantizado”.
Quanto mais prolongado for o tempo de fermentação e integração do gás no vinho base, melhor será a qualidade, a intensidade e a duração da bolha.
Estágio
O tempo de estágio (tempo que medeia desde o engarrafamento até ao dégorgement) do espumante Fita Azul é efetuado nas nossas caves a temperaturas controladas, e é determinante para a sua qualidade final.
Trata-se do tempo de maturação sobre as borras que tem um papel importante na qualidade da espuma e no sabor do produto final.
É neste tempo que se dá a autólise das leveduras que contribui para a complexidade e enriquecimento do aroma. Originariamente a maioria dos vinhos base possuem aromas baseados em notas frutadas e florais. À medida que avança o estágio, o aroma do espumante modifica-se surgindo notas amanteigadas, de biscoito, de frutos secos, etc.
Os Reserva contam no mínimo um ano de estágio, os Super Reserva no mínimo dois anos, enquanto os Velhas Reservas adormecem nas caves sombrias durante mais de três anos.
Remuage
Quando chega o momento do espumante Fita Azul ser colocado no mercado retiram-se as garrafas do Estágio e tem início o processo de remuage. De forma manual ou mecânica, o processo de remuage visa encaminhar as borras (depósito de leveduras) produzidas durante a refermentação para o gargalo da garrafa.
Dégorgement
No final do processo de remuage, a garrafa encontra-se na posição vertical e com o gargalo virado para baixo. Torna-se então necessário remover o depósito acumulado no gargalo da garrafa, o que se denomina por dégorgement.
O dégorgement é efetuado "à la glacée", as garrafas são assim encaminhadas para um congelador onde o gargalo da mesma é mergulhado num líquido que transforma em gelo a parte do vinho onde se encontra o depósito. Retira-se o gelo e as garrafas com o restante vinho seguem para a fase final: a adição do licor de expedição.
Doseamento
Trata-se de adicionar ao vinho Espumante o licor de expedição com objetivo de melhorar as características gustativas e permitir que se conserve melhor ao longo do tempo.
A dosagem de açúcar adicionada no licor de expedição é determinante. É essa concentração de açúcar, adicionado após o dégorgement, que define os vários estilos passiveis de serem comercializados e estão identificados nos rótulos dos nossos Espumantes Fita Azul.
Poderemos encontrar, numa escala ordenada por doses crescentes de açúcar, um espumante bruto, seco, meio seco ou doce.
Rolhamento
Fecho definitivo da garrafa de vinho espumante, por introdução parcial de rolha de cortiça (aglomerado com dois discos de cortiça natural). Essa introdução parcial leva a que o diâmetro da parte da rolha não introduzida no gargalo seja superior ao da parte que se encontra dentro do gargalo, surgindo a forma de "cogumelo".
Museletagem
A elevada pressão que existe no interior das garrafas de espumante originaria a expulsão das rolhas, pelo que é obrigatório o uso de um mecanismo de retenção da rolha, o muselet (açaime).
Estágio Pós-Dégorgement
Com o objetivo de se obter uma harmonização gustativa dos nossos vinhos espumantes, após a adição do licor de expedição, sujeitamos os nossos vinhos a um estágio de 45 a 120 dias, antes da sua colocação no mercado.
Rotulagem e Embalagem
Nas modernas linhas de rotulagem da Sociedade dos Vinhos Borges, o Fita Azul é finalmente rotulado e embalado ficando pronto para "Celebrar Emoções" junto dos seus consumidores.